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Mostrando postagens de abril, 2015

Minha Amada

Passei tanto tempo à sua procura Vagando pelo mundo na noite escura Por vezes olhando o céu de estrelas Mas nem sempre conseguindo vê-las Fui ter em lugar sombrio e tão distante E nem sempre percebia que corria perigo Sem poder contar com seu ombro amigo Estava como que cego, até aquele instante Quando te encontrei no infinito, em sonho Extenuado da minha longa e triste jornada E você me despertou dizendo - Eu proponho: Que você não desista de mim e do meu amor Pois, serei eternamente a sua única amada Não importa onde você estiver ou aonde for

Aqui eu te amo

Pablo Neruda   Nos escuros pinheiros se desenlaça o vento. Fosforesce a lua sobre as águas errantes. Andam dias iguais a perseguir-se. Define-se a névoa em dançantes figuras. Uma gaivota de prata se desprende do ocaso. As vezes uma vela. Altas, altas, estrelas. Ou a cruz negra de um barco. Só. As vezes amanheço, e minha alma está úmida. Soa, ressoa o mar distante. Isto é um porto. Aqui eu te amo. Aqui eu te amo e em vão te oculta o horizonte. Estou a amar-te ainda entre estas frias coisas. As vezes vão meus beijos nesses barcos solenes, que correm pelo mar rumo a onde não chegam. Já me creio esquecido como estas velha âncoras. São mais tristes os portos ao atracar da tarde. Cansa-se minha vida inutilmente faminta.. Eu amo o que não tenho. E tu estás tão distante. Meu tédio mede forças com os lentos crepúsculos. Mas a noite enche e começa a cantar-me. A lua faz girar sua arruela de sonho. Olham-me com teus olhos as estrelas maiores. E como eu te amo, os